quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Transmissão do HIV de Mãe para Filho

  • Uma mulher HIV -positiva pode transmitir o vírus para seu filho durante a gravidez, no trabalho de parto e parto, ou através da amamentação. Na Europa e nos EUA, são infectados de 15% a 20% dos bebês nascidos de mulheres HIV -positivas que não tomam medicamentos anti-HIV . Na maioria dos casos, acredita-se que o vírus seja transmitido durante as últimas semanas de gestação ou durante o parto.

Fatores que aumentam o risco:

  • A probabilidade de uma criança contrair HIV da mãe é maior se: sua infecção pelo HIV estiver em estágio avançado ou se ela tiver AIDS; sua carga viral estiver alta ou sua contagem de CD4 baixa; sua bolsa romper até quatro horas antes do parto; o parto for normal, ao invés de parto cesariano planejado; o parto for difícil, requerendo o uso de episiotomia ou fórceps; ela tiver infecção genital, como por exemplo a clamídia, uma infecção sexualmente transmissível; usar drogas ilícitas no período de gestação; ou se amamentar o bebê. A probabilidade do bebê ser contaminado também aumenta se a mãe for infectada pelo HIV durante a gravidez. 


Amamentação
  • Se a mãe HIV -positiva amamentar seu bebê, o risco de infecção praticamente dobra, e passa a ser de, aproximadamente, um em cada três bebês. Por isso, se houver uma alternativa mais segura do que o leite materno, as mães são aconselhadas a não amamentar. No Reino Unido, dar mamadeira aos recém-nascidos é uma prática considerada confiável.



Medicamentos para prevenir a transmissão da mãe para o 

filho:
  •  AZT e nevirapinaO AZT (zidovudina), medicamento usado no tratamento contra o HIV tem demonstrado reduzir o risco de transmissão da mãe para o filho. Em um dos estudos, gestantes receberam comprimidos de AZT durante os últimos seis meses de gravidez e AZT intravenoso durante o trabalho de parto e durante o parto, e seus bebês tomaram xarope de AZT nas seis primeiras semanas após o nascimento. Além disso, as mães foram aconselhadas a não amamentar. É muito menos provável que essas mulheres transmitam HIV para seus bebês do que as que não tomaram o AZT. O uso deste medicamento durante a gravidez reduziu o número de transmissões a níveis baixíssimos no Reino Unido, em parte da Europa e nos Estados Unidos.
  • Estudos realizados em países com recursos limitados mostram que o risco de transmissão ainda é reduzido pela de, mesmo quando o tratamento com o AZT é iniciado após meses de gestação, ou próximo ao dia do parto.Entretanto, o tratamento somente com o AZT é inadequado para a mulher, podendo limitar suas opções de tratamento no futuro caso ela desenvolva resistência ao medicamento. Até agora, pesquisas sugerem que esse problema não é freqüente quando o AZT é usado somente durante o período de gestação. 
  • Contudo, é provável que o AZT não seja tão eficaz na redução dos níveis de transmissão de mãe para filho em uma mulher que já o tiver tomado antes da gravidez.
  • Experiências recentemente realizadas na África mostram que as chances da mãe transmitir HIV ao seu filho podem ser drasticamente reduzidas se ela tomar a dose única de nevirapina durante o trabalho de parto e se o bebê tomar a mesma dose após o nascimento. No entanto, há dúvidas sobre o possível surgimento da resistência ao medicamento e, caso a mulher esteja tomando o HAART (terapia anti-retroviral altamente potente), ela não deve tomar a dose única de nevirapina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário